O Dom do Espírito Santo que todos recebem quando alcançados pela Graça

Texto Base: " Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra." Atos 1.8 

Um dos assuntos mais debatidos entre alguns da comunidade evangélica  é sobre os Dons espirituais, suas manifestações, se eles são para os nossos dias também ou se cessaram. O apóstolo Paulo quando escreve aos Coríntios em sua primeira carta no capítulo 12, fala acerca dos diferentes dons e que apesar da pluralidade, " o Espírito é o mesmo"(1 Co 12.4) e que essa diversidade de dons distribuída pelo Espírito Santo, visa ao bem comum(1 Co 12.7). Um pouco mais a frente, Paulo dá uma atenção especial a dois dons: o dom de Profecia e o dom de línguas. 

No primeiro versículo do capitulo 14 da primeira epístola aos Coríntios, Paulo incentiva a busca dos dons espirituais, "principalmente o de profecias"(1Co 14.1) 

Por quê?

Quando se é falado em profecias aqui, não se trata da revelação do futuro e sim, da proclamação do evangelho, a saber Cristo, "pois quem profetiza o faz para a edificação, encorajamento e consolação dos homens"(1 Co 14.3). No Antigo Testamento, as profecias tinham o objetivo de chamar o povo de Israel ao arrependimento de suas más obras, apresentar as consequências de seus atos de rebeldia e apresentar-lhes o consolo de Deus e Sua Salvação caso se arrependessem. Isso fica claro nos livros dos profetas. No Novo Testamento trata-se da proclamação da Boas Novas.

Quanto ao Dom de línguas, de nenhum modo é desprezado mas, somos advertidos quando temos esse dom pois " Quem fala em línguas a si mesmo se edifica (...)"(v.4), "a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada"(v.5).

Nos dias atuais, estes dois dons tiveram suas essências e objetivos distorcidos. As profecias são vistas como sendo a revelação do futuro de alguém e não como a proclamação do Evangelho e o dom de Línguas é colocado numa posição em que não deveria estar e é tido como a marca legítima de que realmente alguém tem o Espírito Santo em sua vida.

Todavia, existe um dom que todos que são alcançados pela Graça recebem ao serem batizados com o Espírito Santo e esta é a marca legítima deste batismo. Este é o primeiro dom que recebemos quando somos resgatados de nossos pecados e restaurados por Deus. Ele não é manifestado por meio de movimentos, pulos, rodopios, saltos, gritos ou qualquer coisa do tipo. Este dom é manifestado através de nossos frutos, e este dom é o dom de ser testemunha de Jesus Cristo onde quer que formos. Nenhum cristão genuíno pode viver uma vida cristã plena sem que testemunhe de Cristo, sem que fale do seu amor, sem que compartilhe da Graça que recebeu. 

Quando o Apóstolo Pedro foi questionado pelos judeus: "Irmãos, que faremos?"(At 2.37) após ter pregado pela primeira vez, "Pedro respondeu : ' Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo." (At 2. 38)

Percebem o que Pedro respondeu? Ele não falou que eles receberiam os dons do Espírito Santo mas, o dom do Espírito Santo. E não disse isso baseado em suas próprias conclusões, em sua própria sabedoria e sim baseado em que seu mestre lhes falara entes de ascender :

 " Mas receberão poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês, e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra." Atos 1.8 

Autora: Natália Gomes

Igreja Presbiteriana Redenção - João Pessoa/PB

Deus é Bom!

Texto base: Salmo 136:1

“LOUVAI ao SENHOR, porque ele é bom; porque a sua benignidade dura para sempre”.

Sim, ele é bom, em todo tempo e circunstância.

Isso pode parecer obvio para muitos. É claro que Deus é bom. O problema é que essa bondade de Deus não parece ter sido bem entendida por alguns, e consequentemente alguns problemas podem surgir.

Em primeiro lugar devemos ter em mente que ele é bom em qualquer circunstância, sim, eu disse QUALQUER circunstância, até mesmo quando o homem faz bobagens e não O invoca como devido.

Veja o que diz em 2 Timóteo 2:13 “Se formos infiéis, ele permanece fiel; não pode negar-se a si mesmo"

Isso quer dizer que mesmo se o homem for infiel, Deus permanece fiel, e se o homem não o invocar, não será perdoado, porém Deus permanece bom.

Deus é bom mesmo quando castiga os transgressores? Sim.

Tiago 1:17 "Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação"  e Mateus 3:6 "Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos".

Quando há castigo dos transgressores Deus aplica sua justiça, então até nessa circunstância Deus é bom.

Entendido esta parte, vamos ao problema. Muitas vezes o homem não compreende esta verdade bíblica e em certas circunstâncias não reconhece a bondade de Deus, com isso acaba desqualificando o criador e seu atributo.

As situações em que não se reconhece a bondade de Deus, geralmente são aquelas que, para o homem, são bem difíceis de compreender e até mesmo achar algo bom naquilo. Mas é justamente nessas situações que temos uma maravilhosa oportunidade de glorificar o nome de Deus, e dizer que ele é bom. Para entendermos a bondade perfeita de Deus, devemos compreender que só ele é bom. Veja o que diz Jesus em Lucas 18:19 "Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? Ninguém há bom, senão um, que é Deus"

Com esse versículo compreendemos que não há nada de bom no homem, que é imperfeito e pecador, carecedor da graça de Deus que é perfeito e bom.

Se conseguirmos entender que só ele é bom, é um grande passo para nas circunstâncias difíceis dizermos que ele é bom. Deus não é bom apenas por causa da sua misericórdia para conosco, mas ele é bom também porque a sua vontade é boa, os seus desígnios são bons, a sua criação é boa e principalmente o seu padrão é bom.

Sim, o padrão que ele escolhe e determinada tudo é perfeito e bom. Imagine se fóssemos nós quem escolhesse o padrão das coisas ou disséssemos o que seria bom ou não. Sim, seria um desastre. Mas que coisa boa é saber que ele é quem determina o padrão de tudo, inclusive qual o padrão correto para as nossas vidas, o padrão correto para amadurecermos espiritualmente e o padrão e medida correta de dor e sofrimento ao qual devemos suportar.

Tudo isso porque ele é bom. Por isso louvai ao Senhor, em todas as circunstâncias pois ele é bom.

Autor: Ricardo Oliveira

Igreja Batista Betel – Alto da Boa Vista, Bayeux

Em que consiste a Liberdade dos Verdadeiros Cristãos?

"Eles se tornam livres da culpa e das consequênicas do pecado, por intermédio do sangue de Cristo. Sendo justificados, perdoados e purificados, podem olhar com ousadia para o Dia do Julgamento e afirmar: "Quem intentará acusação contra nós? Quem condenará?" Pleo Espírito de Cristo, eles são libertos do poder do pecado, que não tem mais domínio sobre eles. Visto que foram regenerados, convertidos e santificados, eles mortificam e vecem o pecado, não sendo mais levados cativos por ele. Esta liberadade pertence a todos os verdadeiros cristãos desde o momento em que vieram a Cristo e entregaram-Lhe suas almas. Naquela ocasião tornaram-se livres e possuem esta liberdade para sempre. A morte nõ os destruirá. Mesmo o sepulcro não poderá reter seus corpos por muito tempo. Aqueles que Cristo libertou estão libertos para toda eternidade."

R. C. Ryler - Meditações no Evangelho de João.

"As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.

Eu lhes dou a vida eterna, e elas jamais perecerão; ninguém as poderá arrancar da minha mão.Meu Pai, que as deu para mim, é maior do que todos; ninguém as pode arrancar da mão de meu Pai."

João 10:27-29

A sua Salvação é para a Glória de Deus

Texto Base: João 11:1-4

“Estava, porém, enfermo um certo Lázaro, de Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta.   E Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com unguento, e lhe tinha enxugado os pés com os seus cabelos, cujo irmão Lázaro estava enfermo. Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas, E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.”
Podemos comparar a nossa Eleição com o episódio de Lázaro, onde estávamos mortos, cheirando mal, e mesmo assim Deus na sua soberana misericórdia nos trouxe da morte para a vida através da cruz de cristo. Mas a pergunta é: Porque foi salvo? Ou porque você é um escolhido?

FOI PARA A GLÓRIA DE DEUS!

Não havia nada de bom em nós, podíamos simplesmente ter sido deixados de lado e Deus estaria sendo justo. A graça salvífica nos alcançou única e exclusivamente para a glória de Deus ser manifestada através de nossa salvação.
“E Jesus, ouvindo isto, disse: Esta enfermidade não é para morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela.”
Através dessa glória sendo manifestada é que é possível ver o agir de Deus na vida do crente. Deus se manifesta salvando o pecador de seus delitos e com isso Cristo completa sua obra da cruz.

Não devemos em momento algum encontrar méritos em nós mesmos, ou acharmos que fazemos boas obras e merecemos a salvação. Lázaro não era nem melhor nem pior que suas irmãs, eles estavam em igual condição pecadora. O grande propósito para o milagre de cristo foi a manifestação da glória do Pai.
Sempre que um pecador se arrepende podemos notar a graça salvadora de Deus, onde sem ela, seria impossível o pecador enxergar a cruz como redentora. No momento em que visualizamos este acontecimento, ficamos certos da bondade de Deus para com os homens.
Quando Jesus soube da enfermidade de Lázaro, ainda esperou uns dias para ir até Lázaro. Sendo assim, o tempo em que a salvação chega na vida do homem também é determinado por Deus. Não há o momento certo nem errado, não há conversão tardia, há o momento que Deus reservou, pois até o dia e a hora são para a glória de Deus.

E DEPOIS?  

A bíblia não conta como foi a vida de Lázaro depois de sua ressurreição, mas temos certeza de uma coisa: FOI PARA A GLÓRIA DE DEUS! Então se foi para glória de Deus, a única coisa que Lázaro tinha a fazer era glorificar a Deus por um acontecimento tão maravilhoso como aquele. Ele deve ter dedicado os seus dias ao Senhor, o adorando e o exaltando em todo o tempo. Além disso, Lázaro deve ter contado a todos aquela maravilhosa graça que o Pai havia dado a ele. Lázaro deveria estar muito feliz e contente, pois era um pecador que estava morto, mas que pela vontade de Deus voltou a viver.
Da mesma forma somos nós. Não devemos esquecer nem um só dia que já fomos mortos, e agradecer a todo o momento por essa graça maravilhosa. Contar para todos o que Deus fez por nós, através da pregação da Palavra. Não devemos viver como se ainda fossemos mortos ou como se não conhecêssemos o significado da cruz, pois nós sabemos e conhecemos. E muito mais do que saber e conhecer, nós somos participantes da soberana vontade de Deus, sendo assim, devemos basear nossas ações, atitudes e vida com o único propósito de glorificar o Pai.
Vamos prosseguir nossa caminhada cristã, sem esquecer em nenhum momento o que diz a música:

"Pela cruz, me chamou
Gentilmente me atraiu e eu
Sem palavras, me aproximo
Quebrantado por seu amor... " - Vineyard

Autor: Ricardo Oliveira
Igreja Batista Betel – Alto da Boa Vista, Bayeux

O Desejo de uma Mulher.

Não desejo ser vista por todos os homens;

Não desejo ser amada por todos eles;

Não quero chamar a atenção de todos que passam por mim;

Nem suscitar admirações alheias;

Não pretendo cultivar abraços de estranhos,

ou sentimentos fundamentados no desejo de não estar só.

Desejo ser vista apenas por um;

Amada apenas por ele;

Chamar a atenção apenas daquele que nunca me negará estender a mão;

Desejo suscitar a admiração de quem eu poderei chamar de meu;

Pretendo cultivar o abraço de quem irá desejar me abraçar todos os dias e cultivar sentimentos fundamentados no amor daquele que desejar um dia se tornar uma só carne comigo.


         Autora: Natália Gomes.

Salvos para as Boas Obras

Texto base: Tito 3.4-8

“Mas quando se manifestaram a bondade e o amor pelos homens da parte de Deus, nosso Salvador,
não por causa de atos de justiça por nós praticados, mas devido à sua misericórdia, ele nos salvou pelo lavar regenerador e renovador do Espírito Santo,
que ele derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna.
Fiel é esta palavra, e quero que você afirme categoricamente essas coisas, para que os que crêem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Tais coisas são excelentes e úteis aos homens.”

Quando Deus, por sua infinita misericórdia manifestou sua bondade e amor pelos homens, o fez independente de suas obras, de seus atos, de suas ações. A manifestação do amor e da bondade de Deus se deu mediante a obra de Jesus Cristo na cruz, nos salvando pelo lavar regenerador de Espírito Santo, o consolador por Ele prometido, nos tornando seus herdeiros e nos dando a esperança da vida eterna. Fomos remidos de nossa maldade e purificados por Ele mesmo e para Ele, para sermos um povo particularmente seu, dedicado à prática de boas obras(Tt 2.14), como está escrito:

“Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou de antemão para que nós as praticássemos.”
Efésios 2:10

E por quê?

1.     Para que através das boas obras praticadas por nós os homens glorifiquem a Deus.

“Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus."
Mateus 5:16

“Vivam entre os pagãos de maneira exemplar para que, naquilo em que eles os acusam de praticarem o mal, observem as boas obras que vocês praticam e glorifiquem a Deus no dia da sua intervenção.”
1 Pedro 2:12

2.     Para sermos exemplo para outros.

“Em tudo seja você mesmo um exemplo para eles, fazendo boas obras. Em seu ensino, mostre integridade e seriedade;
use linguagem sadia, contra a qual nada se possa dizer, para que aqueles que se lhe opõem fiquem envergonhados por não terem nada de mal para dizer a nosso respeito.” Tito 2:7-8

3.     As boas obras são úteis e excelentes aos homens.

“Fiel é esta palavra, e quero que você afirme categoricamente essas coisas, para que os que crêem em Deus se empenhem na prática de boas obras. Tais coisas são excelentes e úteis aos homens.”
Tito 3:8

4.     Para suprir as necessidades diárias e não sermos improdutivos.

“Quanto aos nossos, que aprendam a dedicar-se à prática de boas obras, a fim de que supram as necessidades diárias e não sejam improdutivos.”
Tito 3:14

Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa acerca das boas obras, elas não se resumem apenas a fazer caridades como dar esmolas, cuidar dos órfãos e viúvas, visitar doentes etc. As boas obras refere-se a tudo que é feito de bom pelos homens.

Uma pesquisa científica que descobre novos medicamentos para cura de doenças, projetos ambientais para a preservação do meio ambiente, desenvolvimento de bons relacionamentos dentro de uma corporação, o trabalho de um marceneiro na fabricação de móveis para alguém, enfim; tudo o que for feito pra servir o outro e assim glorificar a Deus, pode ser considerado um ato de boa obra.

Dentro das boas obras está o trabalho. O mesmo pensamento equivocado que se tem a respeito da prática das boas obras se tem do trabalho.

Na verdade ele pode ser considerado o primeiro ato de boa obra a ser realizado pelo homem. Quando Deus criou Adão e Eva, não existiam órfãos, viúvas, doentes, necessitados para serem cuidados e assistidos. Sua primeira obrigação foi a de cuidar e cultivar o jardim ( Gn 2.16) e, cuidando dele e cultivando-o, o homem estava obedecendo a Deus e servindo a criação.

Hoje, devido às dificuldades encontradas no trabalho, as opressões causadas pelos detentores do poder, a escravidão consequente da ganância desenfreada dos homens, ele é visto apenas como um “mal” necessário para a sobrevivência humana. Porém, o trabalho é um bem concedido por Deus para que através dele desenvolvamos nossas habilidades e dons de maneira excelente para a glorificação de Seu nome. Visto desta forma, o trabalho passa de um “mal necessário” para uma boa obra dedicada ao Senhor e ao serviço do outro.

“Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus. Pois é da vontade de Deus que, praticando o bem, vocês silenciem a ignorância dos insensatos.
Vivam como pessoas livres, mas não usem a liberdade como desculpa para fazer o mal; vivam como servos de Deus. Ninguém deve buscar o seu próprio bem, mas sim o dos outros.
Pois nele vivemos nos movemos e existimos”

(1 Coríntios 10:31; Atos 17.28a; 1 Pedro 2:15-16; 1 Coríntios 10:24)

Por: 

Natália Gomes Alves 

 Igreja PresbiterianaRedenção - João Pessoa/PB

O Ofício do Ministro de Cristo

Os ministros de Cristo não são sacerdotes nem mediadores entre Deus e o homem. Eles são testemunhas. Existem para dar testemunho da vredade de Deus especialmente da verdade de que Cristo é o único salvador e luz do mundo. A grande finalidade do testemunho de um ministro é que, através dele, os homens venham a crer.

Fonte: Meditações no Evangelho de João; J. C. Ryler.